01x05 Solar Beauty - Part 2 of 2

Divos <4 #TeamLogyanne

"Eu cuido, corro atrás, peço desculpas, me importo, mas quando eu desisto, pode crer, meu desapego é para sempre!"

Caio Fernando Abreu.

Ciao, amici!

Fiquem com a parte 2/final do episódio 5, Solar Beauty!

Aliás, devo dizer que, a partir de agora, acabou P.O.V. É, isso aí. P.O.V apenas em episódios especiais. Como sou mais o estilo 3 pessoa (principalmente por causa de TMI), agora é 3 pessoa, galera e se reclamar, os episódios especiais serão em 3 pessoa também.

Buona lettura, appassionati di storia!

(Boa leitura, fãs da história!)

"Sexta-feira. Mais um dia normal como todos os outros. Para mim, não faria diferença alguma se era uma segunda-feira ou uma sexta-feira. Eu continuava naquele mesmo lugar, escutando aquela mesma música e bebendo o mesmo whiskey. Era muito mais produtivo ficar sozinho em casa, ao som de A7X do que ir em festas rodeadas de pessoas vazias."

Notas de um poeta qualquer.

Anteriormente, em The Myssix Club...

"Victoria, Camille, Nathaniel e Lucas se metem em problemas, e o namorado de Cami fica gravemente ferido. Julianne liga para Victoria e, após a ligação cair, acaba recebendo um convite inesperado da S.H.I.E.L.D. Bianca vê Alice sendo sequestrada por agentes da Hydra e, numa tentativa de salvá-la, acaba cruzando com Kolin. Samara atropela Felipe, mas as coisas acabam bem."

Episode 05, Season 1 = Solar Beauty
Part 2 of 2

— Boa noite, querida. — o homem das roupas de pirata sorria perigosamente para Bianca. — Tentando morrer esta noite?

— Tentando não te deixar fazer mal á Alice. — por mais que parecesse durona na frente do homem, seus braços estavam começando a ficar dormentes. A máscara de brava foi, então, totalmente quebrada quando ele apontou sua pistola para ela.

— Coloque a garota no chão devagar, sem movimentos bruscos. — a loira não moveu um músculo e o pirata puxou o gatilho, fazendo o tiro passar de raspão pela orelha da garota, que começou a sangrar. — Estou falando grego? Coloque-a no chão agora.

Bianca podia ser muito corajosa, mas coragem também exigia sacrifícios. Colocou a garota lentamente no chão e levantou novamente. O pirata, ainda apontando a arma, caminhou em direção a ela e olhou para Alice, deitada no chão; ela estava acordando. Quando levantou os olhos para encarar a moça á sua frente, ela não estava ali. Bianca, que agora estava atrás do rapaz, havia sido rápida o suficiente para pegar do chão o pano que havia usado em Hebert e que, agora, estava contra os lábios e nariz do homem. Assim que ele caiu na inconsciência e capotou no chão, ao lado de Alice, Bianca olhou ao redor e viu-se cercada por agentes. E eles tinham várias armas.

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Camille andava com Lucas em seus braços, já bem longe da Hydra, apenas esperando que Lucas recobrasse a consciência. O antídoto já estava fazendo efeito, mas também não era magia ou cura instantânea. Assim que cruzou com um hospital público, não perdeu tempo em entrar e pedir a ajuda de alguns enfermeiros, que logo levaram o rapaz para um quarto. Ela sabia que ele iria melhorar, mas andar com ele ferido pelas ruas não adiantaria muito. Jogou-se na poltrona do quarto onde o namorado estava e suspirou, relaxando, até que alguém bateu na porta e a abriu.

[ > Ain't Fun < ]

De primeira vista, Camille certamente teria se levantado rapidamente e mataria, mas apenas se endireitou na poltrona ao ver os distintivos da S.H.I.E.L.D. na roupa da mulher.

— Você deve ser Camille Dare Valencie. — a moça a questionou e ela assentiu. — Maria Hill, agente da S.H.I.E.L.D. Soubemos de você há pouco.

— Posso saber como? — Cami foi curta e grossa.

— Uma de nossas agentes nos informou sobre você, disse que suas habilidades eram dignas de um agente da S.H.I.E.L.D, e então nos lembramos de seu nome. Há tempos estávamos procurando por você, Camille. 

— Agora a S.H.I.E.L.D está atrás de mim também? Parece que estou bem popular ultimamente. — a garota disse com tom de ironia. — O que quer comigo?

— Você foi uma das selecionadas para nosso projeto com o governo americano. — Hill repousou a pequena mala que trazia sob a cômoda vazia do quarto. Abriu-a e lá havia uma carta dourada, brilhante e mais chamativa que muitas peruas de esquina. Maria levou a mala até Camille, que logo pegou a carta e a abriu. Após ler silenciosamente, olhou para a mulher.

— Isso é algum tipo de piada? — ela disse. — Eu trabalho sozinha, sei me virar. Não preciso de um colégio no meio dos Estados Unidos para aprender a me defender. Lucas muito menos.

— Claro que trabalho solo ou em dupla costuma ser bom, já passei por essa fase — ia dizendo Hill. —, mas você e seu namorado são diferentes dos outros, e esse convite é para vocês dois. As técnicas de defesa usadas por vocês são pouco perto do que podem aprender conosco, considere isso como uma experiência. 

— Ah, claro, e quando eu me tornar uma ótima aluna vão me usar como arma secreta da S.H.I.E.L.D para sair dilacerando qualquer pessoa que não tenha ido com a cara de vocês. — as palavras de Camille foram como um tapa na cara de Maria, que suspirou.

— Para ser sincera com você, Camille, muitos dentro da agência pretendem sim usar todos os bons alunos como armas. — a agente era sincera. — Mas "muitos" numa agência com uma grande parte da América a seu dispor se torna 1%, e não são eles quem tomam decisões. Existem apenas três autoridades máximas nesse lugar; eu, Phillip Coulson e Nick Fury, e nenhum de nós aprova essa ideia, por mais que precisemos de novos heróis com quem possamos contar. Queremos que pessoas especiais e habilidosas, como você e Lucas, mantenham-se longe da Hydra, pois pessoas como vocês naquela agência significaria o caos em todo o planeta. Mesmo não trabalhando para nós, vocês devem ficar longe da Hydra para evitar a catástrofe. E com catástrofes, vem guerras, e aí sim teremos que usá-los como armas. Aliás, olhe isso como uma oportunidade para seu namorado; aprimorar talentos e resistência, ter algo pelo que lutar. Pelo o que vocês lutam, Camille?

— Sobrevivência. — ela disse após pensar um pouco.

— Essa é uma luta diária de qualquer ser humano. Pelo o que vocês realmente lutam?

— Não posso falar no geral, mas eu? Além de sobrevivência, luto por mim. Por ele. — ela apontou para Lucas com a cabeça. — E por mais que seja uma boa explicação, eu não confio em vocês. Esqueça, eu não vou para esse projeto de vocês. Se puder sair do quarto, eu agradeço.
Maria suspirou.
— Sinto muito ter tomado seu tempo. — Hill disse, deixando um cartão na cômoda, pegando a mala e se dirigindo até a porta. — Se mudar de ideia, me ligue. Aquele é meu cartão.

[ > Fim Ain't Fun < ]

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Enquanto o carro caía rapidamente pelo penhasco, Victoria concentrou sua magia naquele momento e a queda contra o solo foi amortecida com uma barreira mágica. Pisou fundo no acelerador e correu com o carro pela grama molhada de chuva, que agora tinha um som sereno e, ao mesmo tempo, assustador. De longe, sua ótima audição era privilegiada com o barulho dos tiros e gritos frustrados de Hannah. Olhou para o lado e viu Nathaniel desmaiado, e o sorriso que acabara de ser feito em seu rosto desapareceu. Pisou ainda mais fundo e os 110 Km por hora foram atingidos, mas não a livrou de andar durante um bom tempo até achar um refúgio — uma velha cabana de madeira — e parar o carro violentamente.

Tirou Nathan do carro e andou com ele até o lugar, chutando a porta e se deparando com uma casa completamente abandonada, com móveis velhos e algumas goteiras. A madeira era velha, sensível e com a aparência de conter alguns cupins. É o que temos para hoje, pensou Foster, que logo largou o garoto na cama que encontrou e se jogou em uma cadeira, caindo no sono em questão de segundos. 

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

[ > BO$$ < ]

— Hã... Podemos conversar, garotos? — Bianca perguntou sarcástica, se afastando de Kolin e Alice e virando de costas para ambos. — Sem agir precipitadamente?

Entre os homens armados, surgiram duas garotas: uma era branca dos olhos azuis, cabelos loiros e unhas pintadas com um esmalte preto certamente de qualidade, algemada. A outra usava uma jaqueta de couro marrom, portava uma arma e tinha cabelos loiro-escuro, quase castanho, que sorria enquanto jogava Ashley em cima de um dos agentes, sacava sua arma e tinha Bianca em sua mira. Fez sinal para que os agentes se retirassem e assim fizeram, exceto o que segurava Ashley.

— Olá, loirinha. — A garota falava.

— Quem é você? — Bianca perguntou, meio receosa.

— Agente Woodley é o suficiente para você, agora. — a Woodley disse. — Fiquei sabendo que você anda aprontando com meus inúteis colegas de trabalho e mandei Kolin lhe fazer uma visitinha. Mas parece que você deu um jeitinho nele.

— O que você quer de mim? Sequer te conheço e, se conhecesse, já teria dado um jeito nessa pele seca. — a loira provocou, fazendo Ashley dar um meio sorriso e a Woodley fechar a cara.

— Fadas já são inúteis, mas patricinhas? É difícil acreditar que você seja uma amea... — Antes que continuasse, foi levada ao chão por uma onda brilhante de magia, vinda detrás de Bianca. A mesma se virou e viu Alice em pé, encarando vitoriosa a situação.

— J'espère que vous blessez, salope [Espero que tenha doído, cadela]. — ela disse em francês, mas a Woodley rapidamente se levantou, deixando todos surpresos.

— Sou vulnerável a você ou qualquer outra arma estúpida, querida. — ela disse, mirando novamente a arma. — Mas, em compensação, você é totalmente vulnerável a essa arma [Gif].

Ashley aproveitou o momento e pisou no pé do homem que a segurava, seguido de um chute entre as pernas do rapaz, e ele logo desmaiou. Alice, Bianca e a agente sequer reparavam nela, pois estavam ocupadas demais em um momento difícil.

— Bianca, sai daqui. — a estilista falou. — Eu me viro com ela.

— Ninguém sai. — a agente disse, atirando no pequeno espaço que separava Alice e Bianca, fazendo com que elas pulassem para lados opostos. — Quem quer ser a primeira a...

De repente, a Woodley sentiu um peso no pescoço e caiu no chão, inconsciente; Ashley era a autora da coronhada que tinha acertado a moça. 

— Ninguém é invulnerável a inconsciência. — ela disse.

Após alguns segundos de silêncio, Bianca o quebrou.

— Obrigada.

— Não foi nada. — Ashley falou. — O que fazemos com o pirata e a garota?

— Devemos deixá-los no chão, que é o lugar deles. — Alice disse. — Tenho um desfile em andamento.

[ > Fim BO$$ < ]

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Ao chegarem no cassino, Samara ficou admirada com a escolha de parada do rapaz e se perguntou o que alguém como ele fazia ali. Infelizmente, sua voz acabou saindo.

— O que alguém como você vem fazer num cassino? — ela disse ao volante, logo se arrependendo de ter perguntado. — Digo... Você vem a cassinos?

Ele tinha um sorriso nos lábios.

— Gosto de jogar, mas esse cassino é do meu irmão, Louis. — Felipe abriu a porta do carro e saiu, a fechando, mas logo se apoiando na janela aberta de Samara. — Se quiserem entrar, lhes pago uma bebida. Para agradecer a carona.

Jennifer se animou e colocou a mão na maçaneta do carro, mas Sam a olhou feio. Logo depois, olhou para Felipe e deu um meio sorriso amigável.

— Desculpe, temos horário para chegar em casa. — ela mentiu. — E eu te atropelei hoje, não precisa agradecer por nada. Eu que dou graças por você não ter morrido.

— Ah, que isso, só um drinque. — o rapaz insistiu, lançando um olhar sedutor e um sorriso.

Mesmo hesitante, Samara revirou os olhos.

— Está bem. Só um drinque.

[ > Sky Full Of Stars < ]

Ao abrir as portas do cassino para as garotas, Felipe logo notou a surpresa delas ao ver quão belo era o lugar: as luzes da pista de dança e o globo prateado ficavam no centro do local, com várias pessoas dançando ao som de músicas de balada. O show de luzes era vermelho, verde, azul, amarelo e roxo, todas em neon, iluminando todo o cassino. Ele tinha quatro pilastras nos cantos da pista de dança. Nas lateral direita e nos fundos, era possível se ver as mesas de aposta lotadas. Do lado esquerdo, o bar se estendia por toda a parede, tendo pouquíssimos bancos visíveis disponíveis. Havia também uma escada para o andar de cima, onde ficavam as máquinas de games e uma linda vista da cidade.

— Irmão! — um rapaz alto e bonito chegava, logo cumprimentando Felipe. — Vejo que tem companhia esta noite!

— Essas são Jennifer e Samara. — ele apontou para as garotas, que acenaram. — Samara, Jennifer, este é meu irmão, Louis.

— Prazer. — Jennifer estendeu a mão para o rapaz, que a apertou. Sam revirou os olhos por causa do ar oferecido da garota. De repente, os dois puxaram conversa e a Everdeen se viu sozinha com Felipe.

— Bom, vamos tomar aquela bebida? — o moreno ofereceu e ela aceitou.

Logo, ambos caminhavam até o bar. Sentaram-se em dois bancos, um ao lado do outro, e Felipe pediu dois copos de limonada, algo mais leve. Depois, se virou para a garota.

— Bom, Samara, me fale sobre você. — a morena notou um tom meio suspeito na voz dele, algo do tipo "clichê e pegador". — Do que gosta?

A garota se salvou da pergunta quando um dos funcionários do bar deixou dois copos de limonada no balcão. Ela se apressou em levar o copo a boca e dar um longo gole.

— Felipe, me desculpe, mas eu realmente não me sinto á vontade conversando enquanto eu devia estar em casa. Meus pais devem estar preocupados. — ela mentia. — Jennifer é um pouco oferecida.

— Um pouco? — ele brincou. — Sem ofensas.

— Ok, muito. — ela consertou, rindo um pouco. — Não me sinto ofendida.

— Meu irmão também não é o dos melhores. — Felipe falou, e os dois olharam para Jennifer e Louis juntos em plena pista de dança.

— Certo, ela já está passando dos limites. É melhor eu ir. — Samara se levantou, mas o garoto a pegou pelo braço. 

— Não vai nem terminar sua bebida?

— Minha irmã é mais importante que bebidas. — ela se soltou e foi em direção á pista de dança. Pegou Jennifer pelo braço e, logo, as duas saíam do cassino.

— Ah, Sam, o que é isso? Me deixa. — Jenn reclamava da atitude da irmã.

— Vamos embora, Jenn. Não temos nada para fazer aqui. — a Everdeen disse. Ao saírem pelas portas do cassino, foram barradas por dois homens aparentemente bêbados.

— Olhe o que temos aqui, carne fresca. — um disse ao outro. 

Samara e Jennifer se encararam.

— Nos deixem passar. — Jenn disse.

— Ah, querida — disse o outro. —, nos deixe ver que maravilhas esse corpinho pode nos proporcionar, vocês não irão se arrepender. — ele olhou para Samara maliciosamente.

— Não ouviram? Ela disse para deixá-las passar. — uma voz masculina ecoou atrás delas: Felipe.

— E o que o engomadinho vai fazer se não deixarmos? — o primeiro homem perguntou.

O rapaz andou até ele e lhe meteu um soco. Logo se virou para as duas e gritou para correrem, partindo para cima do outro homem. As duas correram em direção ao carro e Samara pisou fundo no acelerador, saindo rapidamente dali sem olhar para trás.

[ > Fim Sky Full Of Stars < ]

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Após o final do desfile, muitos aplausos, muitas fotos e muitos elogios, a platéia finalmente deixou o salão. As modelos também agradeceram Alice pela oportunidade e foram embora. Os cabeleireiros e maquiadores, igualmente. Ali, restaram apenas Ashley, Alice e Bianca.
— Caramba... Esse foi um dia e tanto. — Ashley comentou.
— Nem me fale. — a estilista respondeu. — Obrigada pela ajuda, garotas.
— Que isso, Alice. Não foi nada. — Bianca disse.
As garotas ficaram um pouco em silêncio.
— Mas, afinal — Bianca continuou. —, como foi que te pegaram, Alice?
— Ah, nem me lembre disso... Após sair do palco, decidi ir para meu camarim nos bastidores para retocar a maquiagem. Enquanto eu fazia isso, alguém bateu na porta e eu abri, e fui atacada por aquela cadela da Ravena, a "Agente Woodley". Fui jogada no chão e ela colocou uma faca contra meu pescoço, mas fui rápida e consegui a empurrar para o lado. Encarei minha penteadeira e vi meu celular, e aí que a guerra começou. — ela gesticulava com as mãos. — Corri até o celular, mas ela me puxou pela perna e fui ao chão novamente. Tapa dali, soco de lá, arranhão e puxão de cabelo do oeste, foi uma loucura, mas eu alcancei o celular e cliquei no primeiro número que apareceu, mas não consegui falar nada, nessa hora eu apaguei. Devo ter levado um golpe por trás. 
— Alice, acho que você me ligou. — Bianca disse. — Meu telefone tocou e, quando falei alô, ninguém me respondeu do outro lado. Depois, vi pelo reflexo do espelho você no colo daquele pirata.
— Ele e seus agentes me atacaram. — Ashley disse. — Eu estava no meio da platéia, tinha vindo por causa de uma prima distante, uma das maquiadoras, e levantei para ir pegar um copo d'água. No caminho, me puxaram para um beco e apontaram armas para mim. Kolin, o pirata, fez aquele típico interrogatório e eu tentei reagir, mas acabaram me prendendo. 
— Olha, sabe o que eu acho? — Alice falou. — Devíamos comer uma pizza para nos distrair.
— Concordo. — Ashley respondeu.
— Ei — Bianca interrompeu. —, você não nos disse seu nome.
— Ah, desculpem. — a loira estendeu a mão para ela. — Ashley.
— Bianca. — ela apertaram as mãos. — Acho que a Alice nem precisa se apresentar.
— Não mesmo, é isso que dá ser conhecida mundialmente. — ela se exibia. — Agora, vamos comer!

Na pizzaria, as garotas se divertiam e conversavam como se conhecessem há tempos, até que um homem de terno se juntou a elas na mesa em que estavam. Colocou uma mala acima da mesa de madeira e a abriu.
— Boa noite, garotas. — ele disse e virou a mala para elas, mostrando uma carta. Ashley automaticamente reconheceu os envelopes dourados e tirou o dela do bolso de sua blusa, a colocando sob a mesa.
— S.H.I.E.L.D? — Ashley perguntou e ele assentiu. Bianca estava confusa, mas Alice logo tirava sua carta da bolsa também - havia a recebido horas antes do desfile. 
— O que está acontecendo? — Bianca indagou e Phil logo tratou de responder.
— Sou Phil Coulson, da S.H.I.E.L.D, e tenho um convite para lhe fazer, Bianca. 
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Dois dias depois.
07:20 AM

Ela observava o lago á sua frente, abaixada e próxima da água, sentindo a brisa da manhã invadir seu corpo e balançar seus cabelos. Os últimos dias haviam sido agitados, aquele era o primeiro momento pacífico da semana que Foster estava tendo. Em compensação, Nathaniel estava numa péssima situação; a dor e a febre estavam tomando conta de seu corpo, fazendo-o se contorcer de dor [Gif 1].
Victoria ainda não havia percebido a situação em que o rapaz se encontrava, até que ele, sem querer, derrubou algumas coisas da estante [Gif 2], o que a fez olhar para dentro e automaticamente se preocupar.
— Nathan! — Vick gritou, logo correndo para dentro da casa [Gif 3].
— Ei, está tudo bem. Tudo bem. — ela dizia enquanto passava pela porta [Gif 4].
A primeira coisa que fez foi correr até a pia e pegar um pano úmido para colocar na testa do rapaz. Foi rapidamente até ele e se agachou ao lado da cama, repousando o pano no garoto.
— Sua febre aumentou, droga. — Victoria reparava que o garoto estava mais quente do que meia hora atrás.

Foster saiu do chão e subiu na cama, logo colocando a cabeça do rapaz em seu colo. Ele resmungava.

— Rosalie. — ele disse quando ela colocou a mão em sua testa para conferir a temperatura novamente.

— Ah meu Deus, agora ele está delirando. — de repente, o celular dele tocou na mesa ao lado. Hesitante, Victoria correu para atender. O visor mostrava uma garota morena, de nome... — Rosalie?

— Eu mesma, e... Quem é você? O que está fazendo com o celular do meu irmão? — a garota, Rosalie, reclamava do outro lado da linha, preocupada com Nathaniel.

— Nathan é seu irmão? Certo. Meu nome é Victoria, sou uma... — ela pensou no que iria dizer. — Colega de trabalho dele. S.H.I.E.L.D.

— Ah, claro, ele me falou de você. Vocês estão na Itália, certo? Ele está bem? 

— Sim, estamos na Itália. — Victoria confirmou. — Quanto a segunda pergunta... Ele foi picado por um escorpião e está com febre alta, um pouco inconsciente. 

— Oh, por Odin! — Rosalie exclamou. — Ele vai ficar bem, não vai?

— Creio que sim, estou cuidando dele. — Foster dizia. — Ele chamou por você.

— Sério? — de repente, a respiração de Nathan começou a ficar mais acelerada e ofegante. 

— Rosalie, me desculpe, mas... Eu vou ter que desligar. Até breve. — e a morena desligou, logo dando atenção para Nathaniel. — Calma. Calma, eu vou cuidar de você.
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Camille abriu os olhos com dificuldade, vendo um borrão branco que logo se transformou no quarto do hospital, com as janelas e cortinas abertas, iluminado pela luz solar que se espalhava pelo ambiente. Somebody To You tocava na rádio, o primeiro som que detectou. Levantou a cabeça e se endireitou na poltrona, virando para o lado e vendo Lucas a encarando com um sorriso.
— Bom dia. — o rapaz disse, se virando e voltando a comer o almoço que as enfermeiras haviam deixado; arroz, feijão, salada e um pedaço de carne. — Seu almoço está em cima da cômoda.
— Que horas são? — a garota perguntou, levantando e indo até sua comida.
— Meio-dia. Aliás, as enfermeiras disseram que vou receber alta hoje.
Camille abriu sua "marmita" e viu o mesmo que Lucas comia, e logo começou a comer também. Após ambos se alimentarem, ela decidiu contá-lo algo sobre dois dias atrás.
— Lucas, eu tenho que te contar uma coisa. — ela disse e ele a fitou apreensivo. — Sobre o dia em que viemos para cá. Recebi uma visita da...
— S.H.I.E.L.D? — ele perguntou e a Valencie o olhou confusa. — Ouvi a conversa toda, eu estava acordado. Só estava esperando você comentar isso comigo.
— Que bom. Não vou precisar contar as mentiras que Maria Hill me di...
— Meglio, o que você fez? Era uma ótima oportunidade! — ele reclamou.
— O quê? — ela exclamou. — Como assim, "ótima oportunidade"? Ela estava sendo falsa!
— Cami, ficamos nossas vidas inteiras desconfiando de nossas próprias sombras, será que uma vez não podemos dar uma chance? — Lucas perguntou.
— E o que te faz achar que Maria Hill é confiável? — Camille rebateu. — Por que confia nela?
— Porque eu quero confiar. Preciso confiar. Uma vez na vida, preciso confiar em alguém novamente que não seja você. — ele era sério. — Precisamos dar uma chance para o mundo, Cami. Você sabe que eu sempre costumo desconfiar de tudo e todos assim como você, mas vamos dar uma chance dessa vez. Você sabe que agência nenhuma pode nos prender se não quisermos ficar.
Camille bufou, irritada. Passaram-se alguns minutos de silêncio até que ela se pronunciou.
— Eu confio em você, Lucas. — ela dizia. — Se você acha que pode ser uma boa, vamos nessa. Eu... Vou ligar para Maria Hill assim que você receber alta.
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

O sol já estava se pondo quando Nathaniel recobrou a consciência: abriu os olhos e viu o teto de madeira ruim do local. Respirou fundo e ouviu o barulho de água, água caindo. [Gif 1] E então, ouviu uma voz feminina.

— Graças á Deus. — ela dizia aliviada. 

— Não sabia que queria tanto que eu acordasse, Foster. — ele a encarou, e Victoria deu um sorriso de canto.

— Pra falar a verdade, você inconsciente me dava mais trabalho, então, você consciente é um alívio. — Vick falou, enquanto colocava o pano molhado na testa do rapaz [Gif 2]. — Aliás, você estava com uma febre dos infernos, mas já abaixou.

— Que bom. — Nathan respondeu quando ela tirou o pano e se levantou do chão, levando a bacia de água e o pano para outro canto da casa. — Espero não ter dado tanto trabalho para você.

— Foi moleza, novato. — ela disse, voltando para onde ele estava . — Você não dá tanto trabalho assim.

— Você devia ir embora — Nathaniel disse. —, chamar a S.H.I.E.L.D. Não precisa cuidar de mim, eu me viro [Gif 3].

— Escuta, eu adoraria fazer isso. De verdade. Mas isso vai contra meus conceitos de babá. — Foster disse, se apoiando em um criado-mudo.

— Eu já percebi que você não gosta de mim, tá legal? — ele disse. — Não precisa fingir se importar.

— Não. — ela negou [Gif 4]. — Eu gosto de você. Você tem um jeito meio "nem aí" para as coisas, isso é até bom. Mas eu não confio em você. Não confio em mais ninguém. Eu trabalho sozinha e você atrapalhou tudo todos esses dias, e agora estamos perdidos no meio do nada. 

— Agradeço sua sinceridade. — ele respondeu irônico. — Mas, afinal, por que não confia em mais ninguém? Só porque alguém deve ter dado uma falha com você, não quer dizer que todos vão.

— Eu não consigo confiar. Mas, sabe, você tem que aprender uma coisa sobre mim, Nathaniel. — ela continuou. — Posso ser individualista, mas quando trabalho em dupla, eu levo a sério. Os comunicadores estão ruins e não consigo usar magia, ainda estou ferida da queda com Lucas, preciso estar 100% para fazer alguma coisa. Temos apenas um ao outro agora, e eu não vou te deixar sozinho.

Ele suspirou.

— Obrigada. — Nathan agradeceu, dando o braço a torcer.

— Disponha. — ela saiu de perto dele e andou pela casa. — Aliás, Rosalie ligou.

— Rosalie? — o garoto se agitou. — Minha...

— Irmã? Eu sei, falei com ela. Expliquei o que houve, falei como você estava. Ela está bem.

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Dia seguinte (26/03).

Victoria bisbilhotava o armário enquanto Nathaniel falava ao celular com a irmã; dois pães, um pote de geleia quase vazio, um prato inteiro e outro quebrado, um pacote de torradas pela metade e dois pacotes de bolacha recheada com mais quatro dias de validade. Era uma situação ótima. O garoto desligou o telefone ela sentiu a voz rouca e a respiração do homem em seu ouvido.

— Nada bom para comer? — Benson indagou e Foster se virou, apoiando-se no balcão.

— Bom, nada que se encaixe no padrão "saudável" — ela deu um meio sorriso.

— E o que seria saudável para você? — ele tinha uma voz um tanto irônica. 

— Hum... Refrigerante e uma lasanha de microondas. — Victoria brincou e ambos riram. Logo em seguida, seus olhares se encontraram, mas eles se descruzaram rapidamente. [Gif 1]

— Hã... Você falou com Fury? — Nathan perguntou para a garota. — Ele vai vir nos buscar ou...

— Um carro da S.H.I.E.L.D. está vindo para cá, chega em três horas. — ela contou. — Depois vamos até o aeroporto e seguimos para San Diego.

Um silêncio chato tomou conta do ambiente.

— Esse lugar está mais quente que o inferno. [Gif 2] — Victoria cortou e tirou seu casaco, deixando sua regata preta à mostra.

— Concordo. — Nathan fez o mesmo; tirou a jaqueta e colocou em cima da mesa. Seus músculos bem definidos ficaram expostos na camiseta de manga curta. — Bom, eu estou com fome. Vou passar um pouco de geleia em um pão, quer um?

— Pode ser. Vou sair e pegar água num poço aqui perto. — ela disse e foi até a porta, pegando o balde pendurado nela e saiu.
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Hannah suspirava de tédio em seus aposentos, tendo que se contentar em acender e apagar velas com magia [Gif] até ter notícias de Kolin ou outro agente, até que o próprio pirata abriu a porta e entrou, logo a fechando.
— Eu, por um acaso, deixei você entrar, Kolin? — ela perguntou com arrogância, levantando e virando-se para ele.
— Desculpe, mas o assunto é sério. — o homem falava.
— E o que é tão urgente para ignorar a sã educação? — a bruxa apoiou-se na beira da cadeira que estava sentada. — Se veio me contar sobre suas inúmeras falhas em Paris, já estou cansada de saber, seu incompetente. — Hannah fechou uma das mãos em punho e Kolin caiu de joelhos, começando a ser sufocado por um feitiço. — Parece que temos que fazer tudo com as próprias mãos.
— Na verdade, é algo bom. — ele tentava dizer, sem ar, até que a moça cortou o feitiço. — Todas as fadas ou feiticeiras que nos ameaçam vão para o Good View em três dias. 
— Ótimo! — ela deu um sorriso e caminhou até ele, estendendo a mão e o ajudando a se levantar. — E você e nossos outros infiltrados estarão lá, certo?
— Com certeza. — ele respondeu, com um meio sorriso. — Vamos encontrar sua fada, Hannah.
— E então, finalmente estaremos livres dessa agência imprestável. — e ambos sorriram.